sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

                               Imagens da Fazenda Campos Novos publicadas em: 

                         O Homem e a Restinga de Roberto Ribeiro Lamego: 1946 - 226 pp.
                                Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Artefatos de diversos épocas são entregues ao IPHAN

Uma variedade de peças e objetos que remontam temporalidades que vão desde antes da chegadas dos europeus no Brasil até louças inglesas do século XIX, encontradas nos últimos 4 anos na Fazenda Campos Novos, foram oficialmente entregues ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O órgão irá constituir uma equipe de especialistas para estudar todo o material, após a catalogação e estudos os mesmos poderão retornar à sede da Fazenda para uma exposição permanente.  

Veja mais:
http://g1.globo.com/rj/serra-lagos-norte/noticia/2012/12/vestigios-da-historia-do-brasil-sao-encontrados-em-cabo-frio-rj.html

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Revista de História da Biblioteca Nacional


Matéria sobre a Fazenda Campos Novos na Revista de História da Biblioteca Nacional  nº 77 em fevereiro de 2012. 


                        Matéria de Cristina Romanelli

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A Fazenda Campos Novos e as origens de nossa história.


É com alegria que aceitei o convite do Gilmar Aguiar para poder relatar aqui alguns capítulos da nossa história. Sou historiador e nos últimos três anos venho trabalhando como pesquisador na Fazenda Campos Novos. Nosso objetivo inicial era elaborar um dossiê bem documentado para apresentar ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)na intenção de conseguir que a Fazenda recebesse o reconhecimento federal de patrimônio tombado pela união. O mesmo ocorreu após um árduo e longo trabalho em novembro de 2011 (Publicado no Diário Oficial da União nº 224 – de 23 e novembro de 2011 – seção 3 – p.19). 

Durante estes três anos me deparei com uma história riquíssima sobre nossa região, história essa que está diretamente atrelada ao desenvolvimento da região. A Fazenda Campos Novos, é portanto, palco central desta história, ora como protagonista, ora como coadjuvante, mas em todos momentos como sujeito histórico. A Fazenda Campos Novos, possui uma história que já dura mais de 300 anos, isto faz dela também testemunha do desenvolvimento social e econômico da região. 

Nossa proposta para esta coluna é levar a você leitor, de modo simplificado (não simplista), momentos significativos desta história. O objetivo é colocar a disposição dos nossos leitores o conhecimento sobre nossas origens, nosso passado histórico. O que se ganha ao ter acesso a este tipo de conhecimento? Ao olharmos para o passado, podemos entender como chegamos a ser o que somos. Poderemos constatar as raízes de nossas mazelas, mas também as riquezas de nossa cultura e a força de nossas tradições. 

Nas próximas colunas, abordaremos como esta história se desenvolveu, iniciaremos falando um pouco do período colonial (XVI-XVII e XVIII), da chegada dos jesuítas na região, as construções das Fazendas de Campos dos Goytacases, Macaé e Campos Novos. Falaremos sobre o projeto da Cia. de Jesus para ocupação da região litorânea e do papel da Fazenda Campos Novos neste projeto. Após avançaremos para o século XIX, momento de muitos avanços na história da região, a presença de ilustres visitantes como os naturalistas Charles Darwin, Saint-Hilaire e John Lucoock. Também a passagem do imperador Dom Pedro II pela região em 1847. Por fim, abordaremos os eventos do séc. XX, onde trataremos sobre a luta pela terra, sobre o programa de reforma agrária, as histórias nefastas de grilagem de terras, assassinatos e lutas por poder. Assim, neste percurso, verificaremos como nossa sociedade se organizou, por meio dos conflitos que envolveram nativos, escravos e o homem branco. 

Até a próxima! 

Texto publicado no Jornal Tamoios. Irei reproduzir os artigos que serão publicados em um coluna quinzenal com o objetivo de contar um pouco da história que envolvem a Fazenda Campos Novos. 
 
Jonatas Carlos de Carvalho 
Historiador vinculado ao Programa de Pós- Graduação da UERJ e pesquisador do LEDDES- Laboratório de Estudos das Diferenças e Desigualdades Sociais e da Fazenda Campos Novos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012



Por meio de uma ação que envolve verbas municipal e federal na parceria entre a Prefeitura de Cabo Frio e o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – a Fazenda Campos Novos receberá várias intervenções visando sua recuperação e restauro. Técnicos da Prefeitura e do IPHAN estão fazendo os últimos ajustes no projeto para o início das obras.  
No primeiro momento serão efetuadas uma série de intervenções estruturais, como a renovação de todo o sitema elétrico, tubulações de água e esgoto, infiltrações, rachaduras e substituição de peças comprometidas. Outra etapa importante será a reforma do telhado, o que incluirá substituição de madeiramento e das telhas. A fazenda será totalmente descupenizada para garantir maior durabilidade da enorme quantidade de madeiras que fazem parte da sua estrutura.  
Por fim, serão iniciados os estudos e testes visando definir os procedimentos técnicos para a elaboração do projeto de restauro, como por exemplo, raspagens nas paredes para definir o traçado de argamassas, estudo de cores, definições sobre as aberturas (portas e janelas) e outras que ajudarão a definir a aproximação das características originais da mesma. 

Jonatas C. de Carvalho

sábado, 26 de maio de 2012

Geoparque Costões e Lagunas é notícia na Suíça

Vou reproduzir na íntegra a matéria publicada na Suíça falando sobre o projeto do Geoparque a ser implantado na Região dos Lagos:


Politécnica suíça participa de projeto ambiental no Brasil

O Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro abrangerá 15 municípios do litoral, entre eles Cabo Frio.
O Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro abrangerá 15 municípios do litoral, entre eles Cabo Frio. (Closé/SecTur)
Por Maurício Thuswohl, swissinfo.ch


Quando o naturalista inglês Charles Darwin esteve no Brasil, em 1832, um dos lugares que mais o impressionou foi Cabo Frio, cidade no litoral do Rio de Janeiro que hoje é muito conhecida por suas inúmeras e belas praias.
A riqueza histórica dessa parte do litoral e seu valor ambiental e geológico, poderá agora ser preservada sob a chancela da Unesco em um projeto que conta com a participação da Escola Politécnica de Zurique (ETH).

O Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro abrangerá 15 municípios litorâneos, de Maricá a São João da Barra, incluindo a Região dos Lagos (onde está Cabo Frio). Em toda sua extensão, a área proposta para o parque contempla os conceitos previstos pela Unesco, com uma concentração de pontos de interesse geológico, histórico, ambiental, arqueológico e cultural. Se obtiver o selo da Unesco, a região será reconhecida internacionalmente como integrante da Rede Global de Geoparques e receberá incentivos para estimular o turismo científico e cultural.
A expectativa pela aprovação do projeto pela Unesco é grande, já que atualmente existem somente 77 geoparques em todo o mundo, e o único na América Latina é o Geoparque de Araripe, criado em 2006 no estado brasileiro do Ceará. Na atual etapa do projeto, estão sendo realizadas com representantes dos municípios envolvidos diversas oficinas para a organização das informações disponíveis sobre turismo, cultura, patrimônio e projetos educacionais.
Também estão sendo realizadas audiências púbicas, em cada município, com membros dos governos locais e empresários dos setores de turismo, hotelaria, alimentação e cultura, além de representantes de ONGs e movimentos sociais. Todas as informações coletadas estarão incluídas no dossiê que será enviado à Unesco.
“Estamos na fase de definição do tipo de gestão que terá o Geoparque. O mesmo foi dividido em sub-áreas para melhorar seu gerenciamento. Em março, fizemos na cidade de Macaé uma convocatória a todos os municípios incluídos, de forma a definir a gestão participativa do Geoparque. Esse tipo de dinâmica é prevista no processo e precisa existir antes que o Geoparque seja aprovado pela Unesco. Quando a comissão vier nos visitar, essa gestão tem que estar funcionando”, afirma Débora Toci, diretora do Serviço Geológico do Estado (DRM).
 A visita da comissão de avaliação da Unesco ao Brasil, ainda sem data especificada, deverá acontecer no segundo semestre deste ano. Confiante na aprovação do projeto, o Governo do Rio já acelera alguns procedimentos: “Estamos viabilizando junto ao Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) a logomarca do Geoparque, que vai ser difundida nos produtos da região e divulgada também. Além disso, estamos finalizando os protótipos dos mascotes do Geoparque (os Geoferas), que serão confeccionados. Enfim, as coisas estão andando agora no sentido de arrumar a casa e tornar o parque sustentável por si só”, diz Débora Toci.
Além do GRM, fazem parte do projeto de criação do Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, a Petrobras e a Escola Politécnica Federal de Zurique ETH). A participação suíça começou em 2009, quando o Departamento de Geologia da ETH Zurique assinou com a Petrobras um convênio de cooperação técnico-científica na área de carbonatos microbiais, conhecidos como dolomíticos.
“Um dos principais objetivos deste convênio é estudar ambientes recentes para tentar entender o passado geológico e, com isso, ajudar no entendimento das últimas descobertas de ocorrência de petróleo nos reservatórios do pré-sal”, afirma a geógrafa Gisele Ferolla Vasconcelos, responsável pelo acompanhamento do projeto na ETH Zurique.
A degradação ambiental provocada no litoral do Rio de Janeiro pela ação humana nos últimos dez anos, conta Gisele, fez com que o projeto de criação do Geoparque fosse incorporado ao convênio firmado entre brasileiros e suíços: “Um dos propósitos do Geoparque é ajudar na preservação e estabelecer regras para um desenvolvimento sustentável na região”, diz. Emblematicamente, a futura sede do Geoparque será instalada na Fazenda Campos Novos, em Cabo Frio, mesmo local onde Charles Darwin ficou hospedado.Participar de projetos ligados à preservação do meio ambiente em todo o mundo é uma das prioridades da instituição suíça: “A ETH Zurique é considerada uma das melhores universidades do mundo. Para manter esse status, deve permanecer na vanguarda das pesquisas no campo das ciências naturais e ambientais. As pesquisas interdisciplinares desenvolvidas na ETH Zurique podem contribuir para o desenvolvimento sustentável em todo o mundo, isso torna a instituição uma parceira confiável para as economias, políticas e sociedades dos países que possuem cooperações científicas”, avalia Gisele Vasconcelos.
A geógrafa acrescenta que o projeto de criação do Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro também se enquadra no escopo do programa de integração entre sociedade e desenvolvimento sustentável da ETH Zurique: “Essa oportunidade coloca a universidade como um dos principais parceiros no aprimoramento da educação de base e na formação da próxima geração de cientistas, contribuindo assim para os avanços científicos e o desenvolvimento do Brasil”, diz.

Maurício Thuswohl, 

Confira em: 
http://www.swissinfo.ch/por/ciencia_tecnologia/Politecnica_suica_participa_de_projeto_ambiental_no_Brasil.html?cid=32490820