domingo, 11 de dezembro de 2011


Caros Amigos, 

O professor Ildeu Morreira (Ministério de Ciência e Tecnologia) enviou ao Sr. Randal Kaynes - tataraneto de Charles Darwin - a notícia sobre o tombamento federal da Fazenda Campos Novos. Reproduzi abaixo a resposta acompanhada da tradução.  
 
Dear Ildeu -
Wonderful to hear! Warmest thanks for letting me know, and congratulations and very best wishes to all involved! Our visit was a very special day for me.
All the best -
Randal.

Caro Ildeu -
Maravilhoso ouvir! Mais sinceros agradecimentos por me deixar saber, e parabéns e melhores votos a todos os envolvidos! Nossa visita foi um dia muito especial para mim.
Tudo de melhor -
Randal.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


Fazenda Campos Novos é tombada pelo IPHAN.

O processo de número 1.492-T-02 que foi iniciado em 2002, mas caiu em esquecimento e só foi retomado no início de 2009 com a criação do Projeto Refazendo Campos Novos, transformou-se no processo nº 01500.005719/2010-49, que trata o “tombamento federal do sítio da antiga Fazenda de Santo Inácio de Campos Novos a ser escrita nos livro do Tombo Histórico, Livro do Tombo de Belas Artes, livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.” (Texto diário oficial da união – nº224 de 23 de novembro de 2011). Com isso, após anos de luta pela preservação de um dos patrimônios mais importantes da Região da Costa do Sol e de valor inestimável para história patrimonial fluminense, finalmente a Fazenda Campos Novos passará a gozar da proteção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.  
A luta, iniciada nos primeiros anos da década de 90 quando o então prefeito José Bonifácio desapropriou a área de 184 hectares, não teve como motivação principal o pratrimônio em si, mas a contenção dos conflitos agrários (que já havia resultado no assassinato do lider sindical Sebastião Lan), a Fazenda era o símbolo da opressão, exploração do trabalhador rural e da expropriação (por meio de grilagem) das terras dos descendentes de escravos trazidos para o trabalho nas terras da fazenda.  Na ocasião, a Secretaria de Agricultura do  município foi transferida para a sede da mesma.    
No início do ano 2000 iniciou-se um projeto de transformar parte das terras da Fazenda em um aterro sanitário. A Associação de Turismo Ecológico Integrado à Arqueologia (ATEIA) por meio de seu presidente Geraldo Monteiro, reagiu ao absurdo e mobilizou a sociedade para um projeto que visava resgatar a Fazenda como símbolo histórico e cultural. Foi nesta época, graças a mobilização da ATEIA que a Fazenda foi tombada provisoriamente pelo Instituto Estadual do Patrimõnio Cultural do Rio de Janeiro – INEPAC. Nesta época foram muitos os cabofrienses que  batalharam pela preservação da Fazenda, entre eles  o então Sub-Secretário de Cultura Márcio Werneck e sua esposa  Penha Leite. No entanto, devido a falta de recursos municipais e a ausência de visão dos gestores públicos,  o esquecimento foi questão de tempo. Os anos que se seguiram a Fazenda Campos Novos passou a ser apenas o lugar onde funcionava a Secretaria de Agricultura. 
No primeiro mandato do Prefeito Marquinhos Mendes, foi nomeado para assumir a Secretaria de Agricultura o ex-vereador e militante (PT) Alfredo Barreto, este que lutara ao lado de José Bonifácio na desapropriação da Fazenda, iniciou um trabalho excepcional de aproximação entre a Fazenda e a população rural de Cabo Frio. Mas foi quando Carlos Alberto Gomes de Carvalho (Carlinhos) assumiu e SECMAA que o Projeto Refazendo Campos Novos foi criado.  Em principio criou-se um consórcio com algumas secretarias afins ( Cultura, Educação, Meio Ambiente e Turismo,  além da participação de representantes do IFF). No mesmo ano foi criado, numa parceria entre o Ministério de Ciência e Tecnologia, Departamento de Recursos Minerais e a Casa da Ciência da UFRJ, o Projeto Caminhos de Darwin, que ajudou a dar mais visibilidade a Fazenda ( Darwin se hospedou na Fazenda no séc. XIX).
Em 2009 o médico sanitarista Beto Nogueira assumiu a Secretaria de Agricultura e colocou o tombamento da Fazenda com uma das prioridades na sua gestão, colocando o historiador Jonatas Carvalho a frente do Projeto Refazendo Campos Novos. A partir daí, pessoas como o professor Ildeu Moreira do MCT e Fátima Brito da Casa da Ciência (UFRJ), assim como a geóloga Kátia Mansur da UFRJ passaram a abraçar o projeto. Por outro lado, deve-se muito aos representantes do IPHAN na região, Manoel Vieira e Ivo Barreto, este último incansável na articulação e na busca de soluções com departamentos e órgãos do Estado e União. 
Em fim o tombamento federal da Fazenda Campos Novos é uma obra coletiva, cujo resultado vem coroar a ação dos envolvidos (alguns, que devido ao curto texto não foram mencionados). Este texto é, portanto, um reconhecimento do trabalho mútuo e da preocupação de cidadãos e cidadãs com o patrimônio material e imaterial que singulariza nossa Região. Não há dúvida que foi dado um passo fundamental para a preservação deste belíssimo patrimônio, o tombamento federal, no entanto, não é garantia irrestrita da preservação, é uma etapa e deve ser celebrada com uma grande vitória, em 2012  haverá muito a se fazer, a luta  vai continuar. 

Jonatas C. de Carvalho.
Pesquisador da Fazenda Campos Novos. 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Saiu!!!!!!! O Tombamento Federal da Fazenda Campos Novos!!!
Segue abaixo cópia do diário oficial da União. 
Em breve publicaremos mais detalhes. 
Jonatas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Fotos originais da Fazenda Campos Novos

As fotos foram tiradas na ocasião da inauguração do Projeto Caminhos de Darwin pelo fotografo do Jornal Globo, Domingo Peixoto: O arquivo original está em:http://extra.globo.com/noticias/rio/os-caminhos-de-darwin-749948.html










terça-feira, 20 de setembro de 2011

Transcrição de história oral do Jongos, Calangos e Folia.

José Fernandes, nascido em 05 de Julho de 1946, em Campos Novos. Fala que tem recordações de coisas que não existem mais na fazenda modelo. Reconhece a falta de cuidado por parte dos fazendeiros com a fazenda. Conta que em frente À igreja de Santo Inácio havia uma obra (uma espécie de chafariz), onde tinha várias festas essas festas que aconteciam na fazenda. Este diz que seus pais e avós contavam que a igreja era em homenagem a pelo Santo Inácio.Então, todo o ano tinha uma festa importante.Ele conta que seu Tio saía com uma bandeira e ele com o tambor em toda a região do 2° distrito, anunciando a data da festa e arrecadando donativos para ajudar na festa. A festa durava três dias.
S. José responde que era no meio de Julho de cada ano. As festas daquela época tinham um funcionamento diferente. Separava-se em equipe de pessoas da região para coordenar a festa.
O nome do Tio era Mario Fernandes. Perguntam o que era essa bandeira.Ele responde que a bandeira tinha o retrato do santo e dois meses antes da festa avisava-se sobre a festa e S. José tocava o tambor.Quando chegava nas casas fazia uma saudação. Rodava por toda a região. A divulgação da festa durava semanas, não parava, somente na véspera da festa. Liliane pergunta para que era a festa. Ele reponde que a festa era para Santo Inácio. Matheus pergunta que tipo de música tocava na festa. S. José diz que eram dois instrumentos que seguiam a bandeira: O tambor e sanfona, que na época era chamada de cabeça de gato. E quando se chegava às casas fazia o ritual: pedia-se licença e entravam e então o Tio cantava um ou dois versos, a sanfona e o surdo faziam o acompanhamento e, depois, despedia-se e iam pra outro lugar. Liliane pergunta se S. José lembra do verso.Ele responde que não. Matheus pergunta quem tocava a sanfona. Ele reponde que era o pai ou um dos irmão mais velhos.Matheus pergunta se a sanfona era do pai de S. José. Ele responde que sim. O pai dele era um dos sanfoneiros da Cidade.
S. José conta sobre uma Tia já falecida chamava-se Mereciana, conhecida como Xana. Fala do desinteresse da Globo pela região. Falou que essa Tia já foi entrevistada pela Globo. Fala que ela deveria ter memória de algo importante que aconteceu. A tia foi feitora de escravos na Fazenda campos Novos Ele num sabe a data disso Ela deveria saber as origens dos negros de Campos Novos.
Sr. José diz que a avó por parte de pai, sempre morou na Fazenda. Matheus pergunta se avó contava histórias. O entrevistado responde que ela contava muitos casos. A avó dele era da mesma idade da velha Xana e ambas eram primas. Liliane pergunta se S. José trabalhava na Fazenda. Ele responde que sim, junto com sua família.
S. José conta que onde os pais moravam não podia plantar o que quisesse.
Fala de arrendamento e das dividas. Os fazendeiros cobravam as dividas das famílias negras.
Antonio Castelo era o dono da fazenda, segundo S. José. Tinha 36 famílias nesta época (infância de S. José) Famílias negras, não existiam brancos. Naquela época já havia as influências dos coronéis e as famílias tinham que aceitar as imposições.
S. José descreve que os claros-morenos são derivados dos negros, porque houve a mestiçagem. S. José fala que a origem dessas famílias é africana e reafirma que a Tia era chefe de escravos. S. José afirma a lei dos quilombolas e o não pagamento da terra. Critica o INCRA. S. José afirma que a Princesa Isabel deve ter assinado um outro documento além da Lei áurea que garante terras para os negros.


Estas narrativas fazem parte do documentário:

Jongos, Calangos e Folias. Música Negra, Memória e Poesia é um documentário realizado pela Universidade Federal Fluminense, através do Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI/UFF) e do Núcleo de Pesquisas em História Cultural (NUPEHC/UFF), com o apoio do Edital Petrobras Cultura/2005. O filme coloca em diálogo, através de jongos, calangos e folias de reis, a memória e a história da última geração de africanos, chegada ao Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX. Dá especial atenção à poesia presente nestas manifestações que são praticadas ainda hoje, no Rio de Janeiro, por muitos dos descendentes daqueles últimos escravos.

Ficha Técnica

Jongos, Calangos e Folias. Música Negra, memória e poesia. Duração:45min. Com legendas em português. Direção Geral: Hebe Mattos e Martha Abreu; Fotografia: Guilherme Fernández; Edição: Isabel Castro; Som Direto: Helio Leite; Coordenação de Produção: Martha Nóbrega; Coordenação de Pesquisa: Carolina Vianna, Carlos Eduardo Costa, Thiago Campos Pessoa; Pesquisadores: Camila Marques, Camila Mendonça, Edmilson Santos, Eric Brasil, Gilciano Menezes, Liliane Brito, Luana Oliveira, Luciana Leonardo, Matheus Serva Pereira, Rejane Becker; Coordenação de Multimídia: Ana Paula Serrano; Programação Visual: André Castro; Consultores: Ana Lugão Rios, Antonio Carlos Gomes, Mathias Assunção, Mônica Leme, Robert Slanes; Produção Executiva: JLM Prod


terça-feira, 23 de agosto de 2011

1° Sabor Solidário agrada e deve ser fixado ao Calendário de Eventos de Cabo Frio

A Fazenda Campos Novos sediou, na última sexta-feira, dia 19 de agosto, o 1° Sabor Solidário. O evento, realizado pela Prefeitura de Cabo Frio, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, apresentou mais de 30 tipos de comidas diferentes feitos com os produtos do projeto Compra Solidária.

Dentre os pratos fornecidos pelos produtores estavam os mais comuns como escondidinho de carne seca, galinha com aipim, batata doce gratinada, creme de cenoura com folha de talos, além dos inusitados sucos de aipim, de abacaxi com limão e couve, de maracujá com couve e os pães de aipim, inhame, beterraba.

De acordo com o secretário da pasta, Carlos Roberto Nogueira, o evento foi um sucesso e a intenção é inseri-lo no calendário festivo da cidade.

- Os sabores foram surpreendentes. Eu provei um pouco de cada comida e todos me agradaram, mas a fanta caseira, feita de limonada, cenoura e casca de laranja, foi uma grata surpresa. Eu pensei que essa mistura não fosse dar certo, mas é uma delícia. Essas descobertas precisam ser divididas com toda a população. O Sabor Solidário merece crescer. Vamos levar nossa proposta para a Coordenadoria de Eventos e estudar a melhor maneira de torná-lo uma atração da cidade – afirmou ele.

Na ocasião, estiveram presentes o Chefe de Gabinete de Cabo Frio, Alfredo Gonçalves, representando o Prefeito Marcos da Rocha Mendes; representantes das Secretarias de Educação dos municípios de Cabo Frio, Búzios e São Pedro da Aldeia; o Secretário de Habitação, Serviços Públicos, Fiscalização e Postura de Cabo Frio, Eduardo Leal; a Secretária de Meio Ambiente e Pesca de Búzios, Adriana Miguel Saad; além dos representantes das escolas municipais de Cabo Frio (público-alvo deste evento); e dos produtores e consumidores do projeto Compra Solidária.

Durante o Sabor Solidário, Rafael Batista Ramos, do departamento de nutrição da Secretaria de Educação de Cabo Frio ministrou uma palestra sobre o aproveitamento e a qualidade dos alimentos produzidos pelo Compra Solidária que são produzidos sem agrotóxicos.




Carolina Rocha

Secretaria de Comunicação

terça-feira, 21 de junho de 2011

Cabo Frio apresenta seu projeto para o Geopark

No dia de ontem (20 de junho) o Município de Cabo Frio apresentou sua proposta para integrar ao Georpark Costões e Lagunas, projeto que envolve 15 municípios da Costa do Sol. A apresentação foi realizada no auditório da Câmara Municipal às 10h da manhã e contou com representações da sociedade civil e setores do poder público. O objetivo era divulgar o Projeto Geopark Costões e Lagunas e também demonstrar como o município será inserido no mesmo.

Para falar do sobre o Geopark, a geóloga e co-autora do projeto, Kátia Mansur (UFRJ), apresentou em sua palestra informações ricamente esclarecedoras aos presentes. Sobre a inserção de Cabo Frio, o pesquisador e historiador da Fazenda Campos Novos, Jonatas Carvalho, fez uma demonstração sobre as áreas de Cabo Frio (sítios de interesse, científico, histórico, cultural, turístico e educacional) que farão parte do roteiro do Geopark Costões e Lagunas.

A rede global de Geoparks já conta com 77 unidades espalhadas pelo mundo, sendo 42 na Europa, 24 China , 4 no Japão, 1 na Austrália, Brasil, Canadá, Irã, Malásia, Republica da Coréia e Vietnã. No Brasil o Geopark do Araripe (Ceará) já existe desde 2006. Pela dimensão e diversidade do seu território, espera-se que se consolide uma grande rede de Geoparks no Brasil.

Os municípios mapeados para formar o Geopark Costões e Lagunas são: São João da Barra, Campos, Quissamã, Carapebus, Macaé, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Iguaba, Araruama, Saquarema e Maricá.

O geopark Costões e Lagunas poderá ser um dos mais diversificados do mundo, devido a riqueza ambiental da região, a área conta só no aspecto natural, com Dunas, praias, ilhas, rochas de mais de 2 bilhões de anos, Lagunas e Lagoas, mares, morros, parques naturais, faróis, sem contar os inúmeros patrimônios materiais e imateriais, monumentos históricos, culturais e naturais. Dentre os sítios de interesse para o Geopark definido pela equipe técnica de Cabo Frio estão: as praias, as dunas, o centro histórico, monumentos como marco de São Bento e pelourinho, os morros do arpoador, telégrafo, as igrejas históricas, sambaquis, além de nossa cultura tradicional, tais como nossos quilombos, ( veja lista completa a seguir).

O projeto deverá ser encaminhado em outubro para apreciação da UNESCO, espera-se que com a chancela da entidade seja possível fomentar o turismo com educação para o desenvolvimento sustentável na Região litorânea fluminense.

Jonatas.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cabo Frio apresenta seu projeto para o Geopark

Na próxima segunda dia 20, às 10h, na câmara dos vereadores será apresentado o projeto do Geopark Costões e Lagunas (Unesco).
O Geopark é um território de limites bem definidos com uma área suficientemente grande para servir de apoio ao desenvolvimento sócio-econômico local. Deve abranger sítios geológicos de especial importância científica (e que sejam representativos de parte da história geológica da Terra, seus eventos e processos). Além do significado geológico, pode apresentar relevância ecológica, arqueológica, histórica e cultural. Os geoparks estão organizados numa Rede Global (hoje com 57 áreas em todo mundo, sendo uma no Brasil - Geopark Araripe - http://www.geoparkararipe.org.br).
A programação contará com a presença dos representates do DRM - Kátia Mansur, Geóloga e da Universidade de Zurich - Gisele Vasconcelos, Bióloga. Será apresentado as lideranças e representações municipais o conceito de Geopark e as possibilidades de chancela da Unesco para a criação do Geopark Costões e Lagunas que abrangerá toda região da Costa do Sol.
Em seguida será apresentado os sítios do município de Cabo Frio, que irão compor o projeto devido sua importância geo/Ecológicos, históricos, culturais e educacionais que resultarão em um roteiro turístico que será internacionalizado.

Um Geopark é uma área onde o patrimônio geológico está no centro de um projeto de geoturismo, educação patrimonial e desenvolvimento, baseado na participação das comunidades locais, pela geração de emprego e renda por atividades nos setores de artesanato, gastronomia, hotelaria / hospedagem, cultura, história e pré-história, entendemos que os setores mais indicados para a reunião são: educação, turismo, meio ambiente, ciência e tecnologia, cultura, desenvolvimento.

Jonatas C. de Carvalho.

terça-feira, 24 de maio de 2011

COMPRA SOLIDÁRIA APRESENTA NOVO RECORDE.

Os três primeiros meses de 2011 já apontam para um ano recordes em comercialização do Programa Compra Solidária. O crescimento passou a ser notório a partir da implementação da lei LEI Nº 11.947, DE 16 DE JUNHO DE 2009. A lei determinou que 30% dos produtos destinados à merenda escolar deveriam ser adquiridos da agricultura familiar. O que não foi um problema para Município de Cabo Frio, pelo contrário, a Prefeitura de Cabo Frio criou o Programa Compra Solidária em 2007, portanto, dois anos antes da lei, o que facilitou a adequação à mesma.

Entretanto, não resta dúvida que a lei incrementou ainda mais o Programa e a Prefeitura de Cabo Frio através de suas Secretarias de Educação e Agricultura tem procurado investir ainda mais no Compra Solidária. Recentemente o Compra Solidária passou a atender o Município de São Pedro da Aldeia, comercializando em dois meses (Março e Abril) R$ 47 mil. A partir do próximo mês o programa passará a atender Búzios, a expectativa é dobrar o faturamento que havia sido previsto para 2011.

Apenas em três meses de comercialização o Compra Solidária já faturou R$220 mil. Cabe lembrar que o Programa é um importante projeto de redistribuição de renda e de fomento à produção no campo (isto porque os pequenos produtores ficam com 90% do que é comercializado). Atualmente mais de 100 produtores integram o Programa que atende aproximadamente 110 escolas públicas com uma variedade de 25 a 30 produtos da agricultura familiar.

Jonatas C. de Carvalho.

Secretaria de Agricultura e Abastecimento.


Galpão do Compra Solidária na Fazenda Campos Novos- Foto: Beto Nogueira.


Plantação de abóbora - Foto: Beto Nogueira

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Reunião do Geoparque resulta em Carta ao IPHAN - RJ

Após a segunda reunião sobre a proposta de criação do Geoparque da Costa do Sol, o grupo dde trabalho, após a fala do Professor Ildeu Moreira, concordou que se deveria fazer um manifesto solicitando ao IPHAN o tombamento da Fazenda Campos Novos. Transcrevemos abaixo a carta escrita por Kátia Mansur e Gisele Vasconselos, encaminhada ao superintendente regional do IPHAN.

Prezado Carlos Fernando,

Como é do seu conhecimento temos um trabalho de longa data na Região da Costa do Sol, especificamente
relativo ao Projeto Caminhos Geológicos (desde 2001) e ao Projeto Caminhos de Darwin (desde 2008). Atualmente estamos unificando boa parte do trabalhojá realizado na região através de uma proposta para submissão (ainda em 2011) de um dossiê à Unesco para conseguir a chancela daquela instituição à nossa proposta de constituição de um Geoparque na região litorânea que vai desde Maricá até São João da Barra. A região possui importantes
registros geológicos que abarcam 2 bilhões de anos da história do nosso planeta. Possui afloramentos rochosos de
importância internacional representativos do processo final de fechamento do paleocontinente Gondwana, além de estruturas produzidas por organismos microbiais (ainda viventes) nas lagoas hipersalinas, em ambientes análogas àqueles do início da vida em nosso planeta e, inclusive, análogos àqueles que formaram os reservatórios da camada pré-sal.
Com base nos estudos já realizados preparamos um inventário do Patrimônio Geológico e Histórico/Cultural a ele
associado na região. Um patrimônio indiscutível é a Fazenda Campos Novos, seja por sua importância
histórica e cultural, seja pelo valor arqueológico (sambaqui) e para a História da Ciência, dada a passagem de
Charles Darwin por lá e das descrições (geológicas e biológicas) feitas pelo naturalista britânico em 1832. Possui, também, solos especiais que serviram de padrão para que os cientistas formulassem nossa Classificação Brasileira de Solos.
Por todo este valor, entendemos (todos os representantes de 26 instituições presentes em nossa última reunião, inclusive 13 municípios) que a Fazenda deva se constituir como sede do nosso futuro Geoparque
Acontece que, apesar de tombada em nível estadual e municipal, a Fazenda Campos Novos encontra-se em processo acelerado de degradação de suas estruturas, fazendo com que sejam urgentes as medidas para sua conservação. Como solução, pensou-se na proposição do tombamento federal, que poderia dar à fazenda o status suficiente para conseguir os aportes financeiros necessários para as obras. A solicitação foi feita e encaminhada ao IPHAN.
Sendo assim, pedimos sua ajuda no sentido de apoiar a nossa solicitação de tombamento federal da Fazenda Campos Novos, um patrimônio inegável de nosso país. Por outro lado,gostaríamos de contar com o apoio do IPHAN em nossa proposta de Geoparque, o que certamente amplia nossas chances de sucesso.
atenciosamente,
Kátia Mansur e Gisele Vasconcelos

segunda-feira, 14 de março de 2011

Projeto "Geoparque" mobiliza municípios e pesquisadores.

No próximo dia 16 haverá a segunda reunião sobre o projeto do Geoparque na Região da Costa do Sol. A primeira reunião teve por objetivo a apresentação do projeto aos municípios onde a área do Geoparque se estende.

Segundo a definição da UNESCO, um geoparque é um território de limites bem definidos com uma área suficientemente grande para servir de apoio ao desenvolvimento sócio-econômico local. Deve abranger sítios geológicos de especial importância científica (e que sejam representativos de parte da história geológica da Terra, seus eventos e processos). Além do significado geológico, pode apresentar relevância ecológica, arqueológica, histórica e cultural. Os geoparque estão organizados numa Rede Global (hoje com 65 áreas em todo mundo, sendo uma no Brasil - Geoparque Araripe - http://www.geoparkararipe.org.br).

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A próxima reunião terá na sua pauta a discussão (na forma de oficinas, para ganhar tempo e dinamismo) dos atrativos científicos (rochas, fauna, flora, solos, etc. etc.), turísticos, culturais e históricos dos municípios para montagem do dossiê para a UNESCO, conforme decidido na última reunião.

Também, será montado um calendário de visitas a todos os municípios para discutir com os atores locais (educação, turismo, desenvolvimento, meio ambiente, empresários, ONGs etc.)

A reunião está marcada para às 10horas na Fazenda Campos Novos e contará com os seguinte participantes:


a) Araruama – (Izabel e Eliane)

b) Armação dos Búzios – (Marco Antonio)

c) Arraial do Cabo – (Ricardo, Ana e Marlon)

d) Cabo Frio – (Jonatas, Beto e Krystina)

e) Casimiro de Abreu – (Eliane)

f) Macaé - (Maxwell e 3 membros da Semma)

g) São João da Barra – (André Pinto e 4 membros do Núcleo de Educação Ambiental)

h) Saquarema – (Bruno)

i) CPRM – Serviço Geológico do Brasil – (Cássio)

j) DRM – (Kátia)

k) INEPAC – (Maria Cristina)

l) MCT – (Prof. Ildeu)

m) SEDEIS – (Alvaro)

n) UENF – (Prof. Glória)

o) UFRJ – (Prof. Renata)

p) UNIGRANRIO – (Prof. Rozanda)


Também foram convidados a Turisrio, Universidades, MP Estadual, IPHAN, IBAMA, ICMBio e Associação Mico-Leão-Dourado.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Fazenda Campos Novos recebe pesquisadores da universidade de zurique

Nesta quarta dia 19 às 10horas da manhã na sede da Fazenda Campos Novos haverá uma reunião envolvendo a participação de representantes de todos os municípios da região da Costa do Sol, Universidades (UFRJ-ZURIQUE), órgãos federais e estaduais. O objetivo é discutir a possibilidade de estabelecer um GEOPARQUE (UNESCO) na região.

Segundo a definição da UNESCO, um geoparque é um território de limites bem definidos com uma área suficientemente grande para servir de apoio ao desenvolvimento sócio-econômico local. Deve abranger sítios geológicos de especial importância científica (e que sejam representativos de parte da história geológica da Terra, seus eventos e processos). Além do significado geológico, pode apresentar relevância ecológica, arqueológica, histórica e cultural. Os geoparque estão organizados numa Rede Global (hoje com 57 áreas em todo mundo, sendo uma no Brasil - Geoparque Araripe - http://www.geoparkararipe.org.br). Nossa região de geossítios de importância internacional, já estão sinalizados pelo projeto Caminhos Geológicos e Caminhos de Darwin. Possui museus, sambaquis e áreas protegidas de valor inestimável.

Os estudos já foram iniciados, após a construção do projeto, o mesmo será enviado para chancela da UNESCO, a Fazenda Campos Novos seria a sede administrativa do Geoparque. A área abrangeria desde Maricá (região de Ponta Negra) até Macaé, tratando do patrimônio geológico e dos aspectos culturais, históricos, pré-históricos e ecológicos da região (que é riquíssima em tudo isto).

Jonatas C. de Carvalho